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As vacinas são instrumentos valiosos na batalha contra a pandemia de COVID-19 pois elas treinam o nosso sistema imunológico sem que precisemos adoecer. Quando as proteínas virais são inoculadas em nosso corpo sob a forma da vacina ela é capaz de estimular uma memória imunológica em nosso organismo que age prontamente em nossa defesa caso haja uma exposição ao vírus selvagem no dia a dia.
Para algumas vacinas contra a COVID-19 são necessárias duas doses, a primeira dose apresenta o antígeno ao sistema imunológico pela primeira vez e a segunda dose age como um impulsionador para que a memória seja formada garantindo assim a imunidade contra o vírus. Para as vacinas que requeiram a segunda dose é de suma importância que esta seja feita no intervalo de tempo já estabelecido pois segundo os estudos de fase 3, realizados pelos laboratórios desenvolvedores, somente com o esquema vacinal completo teremos a eficácia plena da vacina para a proteção individual e coletiva. Para a vacina da AstraZeneca o intervalo entre a primeira e a segunda dose é de 12 semanas ou 84 dias e para a Coronavac, o melhor resultado ocorre quando a segunda dose é aplicada entre 21 e 28 dias. A data da segunda dose será indicada no cartão de vacinação recebido quando a primeira dose for tomada.
É importante frisar que segundo os ensaios clínicos disponíveis, as vacinas contra a COVID-19 se mostram altamente eficazes contra os eventos graves advindos da doença diminuindo internações e a necessidade de suporte intensivo, no entanto, elas não protegem em 100% contra a infecção e transmissão do vírus, sendo necessária a manutenção de todas as medidas preventivas como distanciamento social, uso de máscaras de boa qualidade bem ajustadas e lavagem das mãos com água e sabão ou álcool em gel.
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Dra. Karen Furlan é medica generalista, atua há 7 anos na saúde pública de Holambra e atende cerca de 3300 pessoas no PSF Imigrantes.