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Holambra fica em 2º. lugar no ranking do Vacinômetro da RMC

O número é referente à população da cidade, ou seja, quase 38% já tomou a primeira dose contra a Covid-19


A semana iniciou com uma lamentável notícia: o Brasil ultrapassou mais de meio milhão de mortes causadas pela Covid-19. Difícil você conversar com alguém que não perdeu pelo menos um amigo, conhecido ou familiar para o coronavírus.


A única forma de combater a disseminação do vírus é por meio da vacinação. Neste aspecto, Holambra vem fazendo o dever de casa e é a segunda cidade da RMC (Região Metropolitana de Campinas) que mais distribuiu o imunizante à população.

De acordo com o Vacinômetro do Governo do Estado de São Paulo, Holambra já vacinou com a primeira dose 37,89% (5.787) da população. A cidade fica atrás somente de Campinas, que distribuiu o imunizante para 38,55% (467.907), ou seja, pouco mais de meio por cento (0,6%) que a Cidade das Flores.

Só para se ter uma base comparativa, Cosmópolis, a última cidade no ranking, conseguiu vacinar 22,98%. Os dados foram coletados ontem no fim da manhã no https://vacinaja.sp.gov.br/vacinometro/.

Segundo o diretor municipal de Saúde, Valmir Iglecias (foto), o prefeito (Fernando Capato) tem mantido contato direto com o Governo do Estado, cobrando frequentemente o envio de novos lotes com maiores quantidades de doses da vacina com base em dados populacionais mais atualizados. “Além disso, a Prefeitura aderiu ao consórcio de municípios para a compra de vacinas contra a Covid-19, uma iniciativa da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), e busca essa alternativa também por meio do Consórcio Regional de Saúde, o Cismetro, aguardando a viabilidade legal dessa possibilidade”.

Valmir salientou que se as datas previstas pelo Plano Estadual e pelo Plano Federal de Imunização forem cumpridas, todos os holambrenses, com mais de 18 anos, serão vacinados até setembro. “É fundamental ressaltar que os municípios são, em todo o país, dependentes neste momento, do envio de imunizantes por parte dos Estados e do Governo Federal”.

O percentual de vacinados do município é maior que do Brasil (30,43% - 65 milhões) e do Estado (34,68% - 16 milhões). Os números são do Mapa da Covid-19, organizado por grupos midiáticos e órgãos governamentais.

As duas primeiras cidades no ranking do governo, são Botucatu (80,69%) e Serrana (75,05). Vale lembrar que esses dois municípios participaram de projetos de imunização de toda a população.

Por isso, um bom parâmetro é Turmalina, que ocupa a terceira posição com 67,39% da população vacinada. A pior cidade do estado é Balbinos, que imunizou cerca de 15% da população.


2a. dose

Ao todo, conforme dados do Vacinômetro, Holambra já aplicou 7.334 doses da vacina contra a Covid. Dessas, 1.547 são a segunda dose.

O diretor de Saúde salientou que a segunda dose é fundamental para completar o ciclo de imunização. Valmir lembrou que o tempo entre as doses varia de acordo com cada fabricante: até 28 dias para Coronavac/Butantan e cerca de 3 meses para Oxford/AstraZeneca e Pfizer. “Em Holambra, em geral, os vacinados com a primeira dose procuram o sistema municipal de saúde para receber a segunda dose. Caso não o façam, a unidade de saúde entra em contato com o morador para reforçar a importância dos prazos.”


Covid e o turismo

Na semana passada, a Prefeitura estabeleceu restrições à circulação de ônibus e vans de fretamento turístico na cidade. O diretor acrescentou que não há restrições de acesso dos turistas ao município.

Ele explicou que Holambra segue as orientações do Plano São Paulo e, na fase de transição em que se encontra à região, não há qualquer restrição quanto ao acesso de turistas às cidades. “O trabalho que o Departamento Municipal de Saúde vem realizando em conjunto com o Departamento Municipal de Turismo e outros setores se dão no sentido do planejamento de uma retomada segura da atividade turística, a exemplo da recente proibição do ingresso e permanência de ônibus e vans de excursões, que promovem aglomerações antes mesmo de chegarem ao município”, afirmou.


Reinfecção

Para alguns especialistas, o Brasil estaria enfrentando uma terceira onda de contágios. O medo de quem já teve a doença é contrair novamente o vírus.

Valmir assegurou que o Departamento Municipal de Saúde não recebeu até o momento nenhuma notificação oficial por parte dos profissionais de saúde de casos suspeitos de reinfecção pelo Sars-Cov-2. “Caso isso ocorra, já existe um protocolo encaminhado pela Secretaria Estadual de Saúde para investigação epidemiológica e laboratorial”.




2,3 milhões de reais empregados contra a Covid-19

Desde o início da pandemia no ano passado, a Prefeitura recebeu do Governo cerca de R$ 2,3 milhões em recursos para combate à Covid-19. O diretor do Departamento Municipal de Finanças e Contabilidade, Rodolfo Silva Pinto, observou que durante esse período os maiores gastos com saúde, por serem contínuos, dizem respeito à aquisição de medicamentos diversos e equipamentos de proteção individual (EPIs), especialmente para os profissionais da linha de frente.

De acordo com o diretor, também foram aplicados recursos na reestruturação da Policlínica Municipal, que triplicou o número de leitos de observação COVID, com toda a aparelhagem necessária e reserva de oxigênio. “Houve investimentos ainda na preparação das unidades de saúde para garantir remédios e insumos, e na logística elaborada para organizar as diferentes ações de vacinação (sistema de agendamento, drive-thru, grupos prioritários por ordem de chegada)”.

Rodolfo lembrou que as informações relacionadas aos recursos e gastos com a pandemia estão disponíveis no Portal da Transparência da Prefeitura de Holambra.



Taxa de óbitos em Holambra

De acordo com números divulgados pela Prefeitura na semana passada, 1.682 holambrenses testaram positivo para o novo coronavírus – 11,01% da população. Destes, 11 vieram a falecer.

Se olharmos somente os números, daqueles que foram infectados, 0,65% vieram a óbito. Para se ter uma base, São Paulo registrou 3,6 milhões de casos e teve 124 mil mortes. No Estado, faleceram 3,36% daqueles que testaram positivo para a Covid-19.

Ao comparar, o número de pessoas contaminadas que faleceram em Holambra é seis vezes menor do que no Estado. Isso se repete quando se equiparam os índices das cidades vizinhas, como Artur Nogueira, Jaguariúna e Santo Antônio de Posse.

Conforme dados das prefeituras desses municípios, extraídos dia 21 de junho, em Artur Nogueira, dos 4.554 casos positivos, 114 vieram a óbito (2,5%). Em Jaguariúna, das 5.346 pessoas que tiveram Covid, 142 faleceram (2,65%). No terceiro município, 2.840 Possenses testaram para o vírus e destes 53 (1,86%) morreram.

Uma possível resposta seria a testagem que vem sendo feita em Holambra, apesar de não ser em massa. Estima-se que Holambra já testou quase a metade da população, 6.526 (42,73%). Os outros municípios, citados como exemplos, variam 25% a 32% (veja quadro elaborado pelo economista Ricardo Buso, com a base de dados do dia 17 de junho).

A ideia é quanto mais pessoas testadas, mais fácil para diagnosticar os casos positivos, principalmente aqueles assintomáticos. Holambra testou mais e por isso, provavelmente, registra uma “baixa letalidade”.


Baixa letalidade

O Departamento Municipal de Saúde, explicou que o Município optou por um modelo de testagem mais assertivo e econômico, direcionado aos contactantes domiciliares do “caso índice”, ou seja, o primeiro entre vários casos de natureza similar e epidemiologicamente relacionados.

O diretor municipal de Saúde, Valmir Iglecias, explicou que a baixa letalidade [em] no município se deve à ampla testagem e, principalmente, à assistência em saúde prestada aos moradores. “Em Holambra, o atendimento foi distribuído da seguinte forma: os casos leves e moderados são acompanhados de perto pelas quatro Unidades Básicas de Saúde e os casos graves encaminhados precocemente para internação hospitalar. Assim conseguimos oferecer o tratamento adequado para cada fase da doença em que o paciente se encontra”.

Esdras Domingos



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