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Dia das mães: depoimentos de como elas enfrentaram a pandemia

Houve dor, medo e saudade; mas o principal é a esperança


O próximo domingo é especial pois comemoramos a existência daquelas que nos deram a vida. Com tantos acontecimentos no mundo, tê-las por perto é um refrigério para a alma. Mas como será que essas mães estão enfrentando todo esse caos? O Jornal da Cidade foi atrás de quatro histórias de mães que obtiveram forças por meio do amor para sobreviver à pandemia.


Sandra Cristina da Silva Chaves

A moradora de Holambra começa contando que, apesar de ser uma situação mundial, não se esperava que o coronavírus viesse a causar uma mudança tão forte, e se estendesse até esse ano. “Não foi esperado, nem por mim, e acredito que por nenhuma mãe”, afirma. Foi uma situação difícil, mesmo estando perto das duas filhas. “Houve medo e muito cuidado, mas graças a Deus, nenhum dos meus familiares pegou o vírus. Isso devo à minha fé, e à gratidão que sinto”, complementa.

Apesar de ainda estarmos passando por momentos delicados, a vacina nos traz a perspectiva de que, em breve, a situação se normalize. Sandra, no entanto, acredita que a nossa rotina jamais será a mesma. “Sinceramente, não espero que voltemos à normalidade. Mesmo se a doença acabar, acredito que nossos corações sairão melhorados, com mais harmonia, pois a pandemia provou que somos pequenos diante dos propósitos de Deus. Se pudesse passar uma mensagem para todas as mães, seria: aproveitem, sejam felizes agora junto aos seus filhos e familiares”, enfatiza.


Ana Maria Araújo da Silva

Diferente da primeira entrevistada, Ana Maria sofreu um pouco mais em decorrência do isolamento. Ela precisou ficar mais de seis meses sem contato com os filhos, o que gerou bastante ansiedade e preocupação. “Foram momentos muito difíceis, estava acostumada a vê-los sempre. Em certo momento, descobri que tive contato com outra pessoa que teve Covid e precisei ficar ainda mais longe, sem contato direto com ninguém”, conta. Dona Ana não desenvolveu sintomas graves, mas levou um susto. Depois disso, aos poucos foi liberada para começar a conviver com a família novamente, mas ainda com cuidado. Ela espera que as coisas voltem ao normal e que nunca mais precise se separar dos filhos que tanto ama.


Cristiane Araújo da Silva

Cristiane é uma empresária, preocupada e que tem uma filha de 20 anos. Mesmo assim, a apreensão com a descendente é grande e o sentimento é o mesmo de quando a filha era pequena. “Ela estuda fora e fui buscá-la para que eu pudesse cuidar. Tenho aquele sentimento de proteger mesmo, coisa normal de mãe”, ressalta. Apesar da crise financeira em que o Brasil se encontra, a preocupação de Cristiane ficou focada mais na filha, o que em certo ponto a ajudou a manter a calma e tocar os negócios. “Minha vida quase não mudou pois tenho um comércio essencial. Mas para a Bárbara (filha), tudo ficou diferente, ela deu uma surtada, como se tivesse perdido tempo. Creio que foi principalmente por ter parado a faculdade”.

Para a Cristiane, a rotina está voltando. “Com precaução, já temos um pouco mais de liberdade para transitar”, revela. O que sobrou de tudo isso foi o laço, que ficou mais forte por meio da convivência.


Rose Filipini

Rose é uma das moradoras de Holambra que perdeu familiares e amigos por causa da Covid-19. Por isso, em seu depoimento ela demonstra bastante angústia ao lembrar do que viveu até agora. “Tive medo e sofrimento, essas mortes traumatizam muito”, relata. Apesar de tudo isso, ela pôde ficar mais tempo com o filho, Diego, o que trouxe um conforto para seu lar. “O fato de não podermos sair de casa nos tornou mais próximos, mais solidários, mais preocupados um com o outro”. O anseio dela é que a vacina imunize o maior número de pessoas possível para que se possa voltar a uma rotina sem medo. “Meu desejo para este dia das mães é que, aquelas que perderam os filhos por causa da doença sejam acolhidas, e, aquelas que como eu, ainda têm os seus amores por perto, agradeçam muito a Deus e continuem pedindo saúde para os outros e para os seus”, finaliza.

SURPRESA!

Nós, do Jornal da Cidade de Holambra, sabemos o quanto foi difícil para essas mães contarem a sua história. Para homenageá-las, pedimos para que os filhos também contassem a versão deles e de que forma eles enxergam suas progenitoras. Como era de se esperar, em geral todos as consideram heroínas, dignas de inspiração e de muito amor. Confira os relatos:



Elen Cristina Chaves (filha de Sandra)

“Mãe, você é o maior exemplo de garra e determinação. Te amo e te admiro mais do que tudo no mundo! Feliz dia das mães pra melhor mãe do mundo”.





Jonathan Silva (filho de Ana Maria)

“Amor de mãe é demonstrado todos os dias. Foi esse amor que ficou mais do que provado nesse último ano, mesmo com a distância e a saudade que enfrentamos. Minha mãe é demais, uma heroína”.



Bárbara Araújo da Silva Latif (filha de Cristiane)

“Ter uma mãe como a minha é um privilégio de poucos. Nem sempre eu demonstro, mas me inspiro muito nela, na forma como ela leva a vida e me protege, com força edeterminação. Te amo muito mãe!”



Diego Filipini (filho de Rose)

“Amor da minha vida, daqui até a eternidade, nossos destinos foram traçados na maternidade” - Cazuza

Anjo da guarda, guia, mestre, etc. São nomes diferentes, utilizados em religiões diferentes, para traduzir a mesma coisa: um ser divino, enviado por Deus, para proteger. É assim que encontro a maneira mais fiel de me referir a você. Explico. Acontece que eu tive sorte! Assim que nasci descobri que o “ Cara lá de cima “ já tinha enviado antes minha anja protetora. E olha só, a sorte não acabou aí: eu ainda tive o privilégio de poder chamá-la de mãe, e de “Você” ser filho.

Seu carinho e caráter são meu exemplo. É em você que meu ração se espelha toda vez que se encontra numa encruzilhada titubeando qual rumo escolher. É a sua luz, que é verdadeiro farol na minha vida, que ilumina meu caminho. Obrigado por tudo, mas principalmente por ter me dado a oportunidade de descobrir o que é amar. Feliz Dia das Mães. Te amo daqui até a eternidade.

PS: você sabe que eu poderia escrever tanto até ocupar o jornal todo, afinal herdei o dom das palavras de você, mas acabaria morrendo de ciúmes quando todos descobrissem que eu tenho a melhor mãe do mundo!


Nós do JC Holambra desejamos um Feliz dia das mães para todas, com muito amor e gratidão a quem dá a vida e nos ama até o fim dos tempos.

Noemi Almeida









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