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Que o homem moderno está cada vez mais ligado à sua qualidade de vida não é novidade. O Brasil tem registrado aumento neste seguimento voltado para estética masculina. De acordo com a última pesquisa realizada pela empresa Euromonitor Internacional, o crescimento de beleza masculina teve aumento de 7,1%. A previsão é que este percentual se mantenha até 2019, colocando o Brasil no topo do mercado.
E com o mercado em ascensão, as barbearias estão cada vez mais inseridas e incrementadas, não só nas capitais, mas está forte também no interior. Este novo conceito de beleza traz ao homem mais do que cortes de barba, cabelo e bigode, mas oferece um verdadeiro tratamento personalizado, Vip e reservado. Alguns espaços até se assemelham a um SPA e algumas barbearias oferecem outros serviços, como o “dia do noivo” (com cuidados especiais).
Ilson Carlos Neri Tolentino está no ramo há dois anos e o seu espaço oferece, além de corte de cabelo e barba, limpeza de pele, hidratação, químicas de transformação, manicure, pedicure, sobrancelhas e barbaterapia (com toalha quente e massagem). Os clientes aguardam o seu atendimento ouvindo música, se distraindo com jogos de mesa, fliperama, sinuca, wifi e café. “A influência americana e europeia trouxe um novo conceito para o Brasil. Os profissionais estão atentos a isso, buscam conhecimentos e se destacam no mercado, oferecendo serviços que antes não existiam aqui”, explica.
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Segundo Tolentino, mesmo com o mercado crescente, ainda faltam profissionais capacitados. “Pensando nisso, estamos em formação de uma turma para treinamento intensivo em sua barbearia, no centro de Artur Nogueira”, indica.
Saulo Silva Soares que, além de barbeiro é instrutor de barbearia em uma escola profissionalizante de Artur Nogueira, acredita o setor está muito forte, porém, nem todos têm estabilidade. “A barbearia não é modinha, muitos alunos foram influenciados pelo dinheiro e não por amor a profissão, isso devido à crise de desemprego. Não são todos os profissionais que permanecerão no ramo”.
Para ele, o homem, independente de sua opção sexual, está muito vaidoso. “Antes havia preconceito do simples fato de fazer a sobrancelha, hoje, 99% dos meus clientes, além de cortar o cabelo e barba, fazem a sobrancelha com frequência sem nenhum problema”, conta.
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Para o representante de uma linha de cosméticos, distribuidora de produtos de beleza, Igor Dias de Carvalho a classe masculina está cada vez mais preocupada com a sua aparência. “Acho que o homem está mais cuidadoso com o seu visual, pelo próprio padrão brasileiro, que tem exigido isso. Hoje, todo homem quer estar bem vestido e cheiroso. A beleza está muito em alta, inclusive para os homens e essa tendência veio para ficar”, garante.
Há quase dois anos no setor, Gabriel do Carmo Vicente aposta na profissão de barbeiro estando à frente da única barbearia de Holambra. “É um mercado que mudou completamente por causa da vaidade dos homens, que estão mais modernos. Os barbeiros têm que se empenhar correndo atrás de conhecimento e tendências. É um mercado bem competitivo. Muita gente entra por dinheiro e sai do mercado rápido ou não tem bom desempenho, tem de gostar do que faz, porque não é fácil ficar 12 horas em volta de uma cadeira”, admite.
A categoria ganhou tanto destaque que resultou na criação de uma curadoria específica para a categoria de Barbeiro e Barbearia no Prêmio Cabelos&Cia, o maior da América Latina no reconhecimento de profissionais, estabelecimentos e instituições acadêmicas de beleza.
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Dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) revelaram que a venda de cosméticos, incluindo de barbear, destinados ao público masculino aumentou 2,4% no Brasil nos últimos anos. Os produtos masculinos, segundo o site Terra, representam hoje mais de 10% do consumo total de HPPC no Brasil, totalizando US$ 43 bilhões.