A cidade teve crescimento de 7,4% no saldo de empregos no ano passado em relação ao número absoluto de postos de trabalho registrados no final de 2016
Análise dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) feita pelo economista Ricardo Buso revela que Holambra registrou crescimento de 7,4% no saldo de empregos no ano passado em relação ao número absoluto de postos de trabalho registrados no final de 2016. É o melhor resultado em termos proporcionais de toda a Região Metropolitana de Campinas (RMC).
Os dados do CAGED são divulgados mensalmente pelo Ministério do Trabalho e Emprego para registrar a movimentação (admissões e demissões) dos empregados formais de cada município. O estudo do economista considera as diferenças de dimensões entre os 20 municípios e trabalha com dados proporcionais, descartando números absolutos para refinar a base de comparação.
De acordo com o trabalho, a RMC registrou queda de 0,05% no saldo de empregos formais no ano passado, destacando números bem mais expressivos em quase metade das cidades que a compõem. .
Longe desse cenário, Holambra registrou saldo positivo de 534 postos de trabalho formais no ano passado. A cidade fechou 2016 com 7.248. Em 2017 foram 7.782. Crescimento de 7,4%. O economista considera o resultado “arrojado” para um município de 14.012 habitantes.
O setor de serviços respondeu por 47% dos postos formais de trabalho criados na cidade em 2017, seguido pelo da agropecuária com 42%. “O setor da agropecuária na cidade diferencia-se da grande maioria de seus pares no Brasil, que se amparam na agricultura, por produzir um nicho bem específico, as famosas flores de Holambra que agregam valor e conferem distância dos produtores das padronizadas commodities, por vezes reféns dos preços de mercado internacional”, avaliou Buso. “Essa importante produção alcança sinergia ainda com o setor de turismo que, consequentemente, fomenta o setor de serviços”.
O estudo realizado pelo economista mostra ainda que entre 2015 e 2017 o crescimento da população holambrense no contexto da RMC saltou de 0,43% para 0,44%. Já a participação da cidade nos postos formais de trabalho subiu de 0,62% para 0,69% em detrimento de muitos outros municípios que, naturalmente, perderam participação.
Entre 2016 e 2017, 226 empresas ou microempreendedores individuais fizeram pedidos de inscrição municipal na cidade. Nesse mesmo período foram registrados 86 pedidos de cancelamento. Também nos últimos anos, grandes empresas se instalaram ou ampliaram suas atividades em Holambra – entre elas as sementeiras Enza Zaden e Ball Horticultural, a fabricante de espuma floral Smithers-Oasis e a Smarttech, referência em serviços de engenharia e simulações de peças e produtos. Outros empreendimentos representativos, como a rede Transamerica de hotéis, anunciaram a construção de unidades na cidade.
De acordo com o prefeito Fernando Fiori de Godoy, investimentos expressivos em infraestrutura – sobretudo na área de saneamento – foram imprescindíveis para ajudar a tornar possíveis resultados positivos como esses. “As melhorias no sistema de tratamento de esgoto e a ampliação da capacidade de tratamento de água, por exemplo, permitiram a aprovação junto a órgãos de controle, como a CETESB, de novas empresas e empreendimentos”, explicou.
“Criamos as condições para que Holambra esteja forte nesse momento de retomada do emprego e da atividade econômica por todo o país”. Buso destaca que apesar de se caracterizar como o 2º menor município da RMC, “o fato notório é que a jovem Holambra conversa como ´gente grande´ quando o assunto é geração de empregos”.
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