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Mais de 320 mil turistas visitaram a Expoflora; JC registra presença de índios divulgando sua cultur


Indígenas marcam presença na exposição para divulgar sua cultura. Conheça o trabalho exposto no evento por diferentes etnias:


Durante os 16 dias de evento a maior exposição de flores e plantas da América Latina recebeu cerca de 322 mil visitantes do Brasil e até do exterior. Se comparado ao ano passado, que registrou 328 mil turistas, mas em 17 dias de evento (devido ao feriado prolongado), pode-se considerar um novo recorde de público. A próxima edição do evento já está sendo organizada e acontecerá de 24 de agosto a 23 de setembro de 2018.

O novo recorde de público se baseia em um crescimento de 4,3% no número de visitantes em relação à edição de 2016, considerando também a média de público por dia. Além de brasileiros, a Expoflora atraiu também turistas estrangeiros, entre eles mais de 350 chineses, paraguaios e chilenos.

E para celebrar o último dia da exposição a famosa chuva de pétalas atraiu centenas de visitantes, fazendo com que não somente o parque onde o espetáculo é realizado ficasse completamente lotado como também seu entorno.

Acompanhando a Parada da Flores, que reúne carros alegóricos elaborados com flores e plantas, apresentações dos grupos de dança holandesa e uma apresentação da Fanfarra Amigos de Holambra, os visitantes vibraram e aproveitaram para registrar os últimos momentos do evento até a chegada ao local onde as pétalas são lançadas ao ar.


Após o show mais esperado pela maioria do público visitante, assim como nos outros dias de exposição, uma dança pela paz regida pelo holandês Petrus Schoenmaker, reuniu parte do público no parque. A dança, composta por simples gestos, sendo o principal deles a união das mãos entre os participantes, simboliza um pedido pela paz no mundo.

Após os festejos uma atração foi muito procurada pelos visitantes: os índios da tribo Pataxó, de Porto Seguro (BA), que participaram pelo segundo ano consecutivo da Expoflora. Ao lado de índios das tribos Kaingang, de Porto Alegre (RS) e Guarani, de Ubatuba (SP), que marcam presença no evento há 8 anos, eles foram uma atração a parte.

Todos expuseram e venderam peças artesanais e de confecção própria como brincos, colares e objetos decorativos. Cada tribo produz seu artesanato e posteriormente os disponibilizam em uma barraca localizada atrás do palco onde acontece a chuva de pétalas.

Segundo Tamikuã, índia Pataxó, este não é o único tipo de trabalho realizado por sua tribo. Os pataxós passam grande parte do tempo viajando pelo Brasil, aproveitando para mostrar sua cultura e como a vivência é praticada dentro da tribo.

Dentro do projeto estão inclusos rituais de cura, danças típicas, pinturas corporais, rituais casamenteiros (mostrando como é o processo de união entre índios) e principalmente palestras sobre a cultura indígena.

"Nas palestras que promovemos para estudantes de diversas idades, falamos sobre nossa cultura, nossa vivência e nossa língua. Tentamos mostrar a diferença de cultura entre os povos indígenas, como por exemplo as diferenças linguísticas entre as tribos. Muitas pessoas acreditam que existe apenas uma única língua indígena, sendo que na verdade possuímos mais de 200 dialetos diferentes", afirma Tamikuã.

Para a índia, é essencial a divulgação da cultura indígena como esta realmente é, visto que a população a conhece por meio de livros didáticos, que nem sempre revelam os principais detalhes. "Para nós é de grande importância fazer com que o aluno conheça a fundo nossa história, pois nem sempre os livros destacam todos os âmbitos. Muitos alunos ainda acreditam que o Brasil foi descoberto, mas na verdade ele foi invadido. Sendo assim, por meio da lei 11. 645 os indígenas podem falar por si mesmos. Mais importante que vender nosso artesanato é mostrar a essas pessoas que visitam a Expoflora que nosso povo existe e está vivo. Essa é nossa lua desde 1517", disse.


A 37ª edição da Expoflora já está sendo organizada e tem data para acontecer: será de 24 de agosto a 23 de setembro. A venda de ingressos antecipados com desconto deve acontecer a partir de fevereiro de 2018.

Confira algumas fotos do último dia de exposição e também dos trabalhos artesanais produzidos pelos índios:

Fotos: Maria Elisa Moraes/Site JC

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